sábado, 26 de setembro de 2009

entre a serra e o continente

“Demarcação ponto central: trabalho espiritural
Arte e função: resolver os problemas da matéria
Construção imaterial: pensamento e alma
Transbordamento de fora para dentro
Gravação Geral
Atmosfera: privilegiar os campos de cor e dar ênfase a linha
Trabalhar tons terrosos, cinzas e alaranjados. úmido, com suor.
O trem emanava da serra. A serra urge! A serra urde. A serra ruge! Muralha verde chumbo.
O tempo antigo em que arremessava pássaros verde claro/vermelho terra entre o continente e a ilha
para habitar a cidade entre os homens
o paredão verde luminoso negro e profundo.
O tempo modifica-se, tomando o pulso em frequência com este volume de matéria viva com toda lama e animal
desconhecido.
Banho de claridade.
O que é o desejo: a navegação no próprio rio – íntimo e misterioso
que logo é mar – não existindo nada mais envolvente do que a água
esse mergulho com tempo determinado
é contra a própria natureza do humano.
Enxergar o vale, a cidade estendida
Esparramada entre faixas sinuosas de calda prata
A beleza e o medo de remar para o inevitável”